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A IGREJA DO MONTE OLIVAL, Atos 1

O primeiro aspecto que desejamos compartilhar, conforme o início do livro de Atos, é que os apóstolos e alguns seguidores de Jesus, ainda assustados, discutem os rumos da Igreja, e isso com o próprio Jesus – foram quarenta dias de relacionamento com o Mestre, em cerca de dez aparições. Acredito que o ponto alto foi quando estavam ali, no Monte Olival.
Jesus estava ali interagindo com seus discípulos, instruindo acerca dos primeiros passos e “determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai” (v.4). Esta era uma estratégia do Mestre, e seus discípulos acataram em detalhes: “voltaram para Jerusalém, do monte chamado Olival” (v.12), «subiram para o cenáculo onde se reuniram» (v.13), e “perseveravam unânimes em oração” (v.14). Foram dez dias de espera, mas não foram dias de ociosidade – nesse período a igreja obediente esteve evangelizando, orando, e dentre outras tarefas, esteve a escolher o sucessor de Judas, o traidor (v.15-26). Observa-se que apesar de sua dinâmica, a Igreja não era omissa em sua organização interna, como deve ser uma verdadeira igreja cristã ainda hoje.

Essa Igreja do Monte Olival, que era zelosa pela unidade (e isto há de ser uma tônica na vida da Igreja: At 1.6,13,14. 2.1,44; 4.32; etc.), se destaca também por ser uma Igreja disposta a corrigir lacunas. Lacunas são falhas, espaços em branco, vagas – neste caso era uma vaga que precisava ser preenchida: a vaga de Judas, pois Jesus queria doze apóstolos e não onze. E esses apóstolos, que formavam um colegiado, um grupo de líderes, eram responsáveis pelo doutrinamento da Igreja; eram eles que zelavam pela unidade e estimulavam a vida de oração – liderança é coisa séria! Liderança eclesiástica não é tarefa de uma só pessoa!

A Bíblia está repleta de qualidades impostas aos líderes da Igreja: desde Moisés, sob orientação de seu sogro Jetro (Ex 18.20, 21) e quando Deus o orienta na escolha dos 70 anciãos (Nm 11); também com o apóstolo Paulo, em suas epístolas, principalmente em 1 Tm 3, onde temos as qualificações de bispos e diáconos.
Em At 1.21,22,23 ensina-se que a pessoa que vai ocupar o lugar de Judas precisa de algumas qualificações: que seja “membro da igreja” desde a época de Jesus – não pode ser neófito (crente novo ou inexperiente), e que seja testemunha dos fatos mais importantes na vida da igreja: testemunha da ressurreição e da ascensão de Jesus. A escolha recaiu sobre Matias (que significa “dom de Deus”), e a lacuna foi preenchida. A igreja não tem brechas e está pronta para receber «a promessa do Pai», conforme At 1.4.
A Igreja do Monte Olival, após o recebimento da “promessa do Pai” conforme At 2.1-14, finalmente, deixa de ser uma pequena comunidade de 12 apóstolos e mais alguns seguidores do Messias, para ser uma Igreja influente, dinâmica, e agora com cerca de três mil pessoas (At 2.41)!

a) Rev. Adilson Souza dos Santos