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O LUGAR DO CORAÇÃO
“Assim, Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do SENHOR continuamente”, Êxodo 28.29.
Neste texto, em primeiro plano, temos o sacerdote Arão, mediador entre Deus e o povo naquele tempo, oferecendo sacrifícios e orando em seu favor. E olhando para essa figura especial, o sacerdote, destaca-se o coração.
O coração é um órgão muscular, centro da circulação do sangue; é o órgão que bombeia o sangue. No período bíblico o coração era a sede do intelecto (Gn 6.5), dos sentimentos (1 Sm 1.8) e da vontade (Sl 119.2), denotando assim a personalidade integral do ser humano. É como se não houvesse distinção entre razão e emoção. Por isso aqui o sacerdote Arão recebe no peito, no coração, o peitoral (peitoral era peça de roupa usado pelo sacerdote quando paramentado). Nesse peitoral o sacerdote levava “os nomes dos doze filhos de Israel (…) para memória diante do SENHOR continuamente”.
O coração, ainda na linguagem do Antigo Testamento, é uma forma afetiva referindo-se ao homem todo, e traz consigo o sentido de responsabilidade. O salmista já dizia: “Agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração está a tua lei». E uma célebre frase do reformador João Calvino é: “Meu coração te ofereço, Senhor, pronta e sinceramente”.
O profeta anunciava: “Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne”, Ezequiel 36.26. Hoje se fala muito de transplante de coração, mas só o Dr. Jesus Cristo, nosso Salvador, é o único que substitui o coração de pedra por um novo coração. O profeta falava do que Cristo faria, nós falamos do que Cristo fez e faz: um coração novo, um coração que agrada a Deus.
Coração novo significa a transformação de Deus em nós. Isso não é concertar. Isso é transformar! Isso é transplantar! O apóstolo Paulo ensina que “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Coríntios 5.17).
Rev. Adilson Souza dos Santos
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