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PROVIDENCIA AGRIDOCE
Rute 1.20,21
A providência divina geralmente é vista e aceita como algo de mera bondade, mas o certo é que Deus é SOBERANO SOBRE TUDO. Deus tem todas as coisas sob Seu perfeito controle. Eu creio!
A providência divina extrapola a doce bondade de Deus, indo além de suas ternas misericórdias e provisão. E alguns fatos na história da humanidade e na história do povo de Deus revelam o lado agridoce da providência divina.
Mas, o que é agridoce? É um termo usado para descrever algo que tem, ao mesmo tempo, sabor amargo e doce ou sabor ácido e doce. É uma mistura de amargo e doce. Em sentido figurado, agridoce significa uma coisa que é agradável e desagradável ao mesmo tempo; é algo que mistura amargura e prazer.
E temos muitos exemplos disto na história bíblica, sendo a experiência de NOEMI, sogra de Rute, um exemplo clássico: “Não me chameis Noemi; chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Ditosa eu parti, porém o SENHOR me fez voltar pobre; por que, pois, me chamareis Noemi, visto que o SENHOR se manifestou contra mim e o Todo-Poderoso me tem afligido?”.
Noemi entendia que seu sofrimento, sua história agridoce, vinha do Senhor seu Deus. Ela apenas registra sua realidade. Noemi significa agradável; enquanto Mara significa amargura. Noemi não estava amargurada, apesar do que passou em terra estranha. Ela, sim, confiava em Deus e demonstrava firmeza na maneira como Deus a preservou até aquele momento e compartilhou sua experiência agridoce.
Outra conhecidíssima história com este tom agridoce é a de JOSÉ DO EGITO.
A vida de José não foi só governo bem sucedido e abraçar sua família depois de longo tempo afastado… José conheceu o ciúme de seus irmãos, e isso era amargo; isso fazia parte da providência divina na vida de José. Providência agridoce, é verdade: José foi lançado no poço, vendido como escravo, jogado na masmorra do Faraó por um crime não cometeu. Enfim, José conheceu a providência agridoce. A Soberana Providência esteve com José por toda a sua vida, mesmo nos momentos mais amargos.
Assim cremos na providência divina, mesmo nestes dias de pandemia.
John Piper ensina que “a soberania que poderia parar a crise do coronavirus, ainda que não o faça, é a mesma soberania que sustenta a alma durante esse tempo. Saber disso faz toda a diferença” (Coronavirus e Cristo, Editora Fiel 2020).
Acredito que nesta pandemia estamos experimentando a providência agridoce também como expressão da soberania divina que continua, sim, no controle de tudo. Eu creio!
a) Rev. Adilson Souza dos Santos
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