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Neste final de semana é festa em quase todo o Brasil. É semana de carnaval. É festa nas ruas, em locais especiais, em clubes, etc. O País está celebrando uma das maiores festas do planeta. Não queremos entrar no mérito da festa carnavalesca, mas, o que é “festa”? Festa é brinquedo, folguedo, celebração, festejo, festival.

Festas e festivais andam juntos desde a antiguidade. É um comportamento antigo da sociedade humana, e geralmente quebra o ritmo da vida, mesmo quando essas atividades festivas estão associadas ao elemento religioso.

Em Ex 5.1, por exemplo, lemos que Moisés e Arão, falando a Faraó em nome de Deus, dizem: “Deixa ir meu povo, para que me celebre uma festa no deserto” – o sentido aqui é celebração, culto, adoração. O povo de Deus também promove festas… E foi nessa saída do Egito que originou a principal festa anual do povo judeu – a páscoa.

No Novo Testamento lemos assim: “Estando ele (Jesus) em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome”, João 2.23. Foi “durante a Festa da Páscoa, (que) muitos… creram no seu nome”! A festa da páscoa trouxe a festa da salvação! E é interessante que esta não é a última festa da páscoa do Senhor Jesus em seu ministério naqueles dias, mas a primeira! A segunda é mencionada em João seis e a terceira em João 12 em diante. A festa da páscoa trouxe a festa da salvação!

E essa festa da salvação FOI SIMBOLIZADA NAS FESTAS JUDAICAS. O mundo antigo era marcado por festas. Os gregos, os romanos, a antiga cultura de Canaã, os egípcios, os babilônios, etc. todos tinham extenso calendário de festas. Nos tempos romanos, por exemplo, cerca de um terço do total de dias do calendário anual era marcado para festejos!

O povo de Israel, então! Além das celebrações individuais e da família havia espaço e destaque para as celebrações de festas nacionais. E o mais importante é que o Senhor Deus determinou um mínimo de festas para seu povo: “Três vezes no ano, todo homem entre ti aparecerá perante o SENHOR Deus, Deus de Israel”, Ex 34.23,24.

Essas três festas eram: a Festa dos Pães Asmos, a Festa da Sega e a Festa da Colheita. Além destas, outras tantas; algumas confundindo em nome e celebração: Páscoa, Tabernáculos, Semanas, Lua nova, Dedicação, etc. Dentre todas, a principal era a FESTA DA PÁSCOA – um prenúncio da FESTA DA SALVAÇÃO…

Conforme instrução dada a Moisés, a Páscoa seria o principal festival do ano e os detalhes da celebração foram passados em minúcias. Tudo começava ao entardecer do dia 15 do mês de Nisã, o primeiro mês do calendário judaico (Ex 12.2). A páscoa era, então, a principal festa do ano. Servia para lembrar ao povo a escravidão no Egito e sua libertação maravilhosa – também apontava com esperança a redenção futura, a vinda do Messias! A ALEGRIA (FESTA) DA SALVAÇÃO estava ali na celebração da páscoa.

E é nesse contexto que encontramos Jesus numa festa da páscoa, em Jerusalém: “Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome”, João 2.23.

A festa da salvação além de simbolizada nas festas judaicas FOI CONQUISTADA NA CRUZ. Em João, o quarto evangelho, Jesus não é meramente um judeu entre judeus, conforme Ele aparece nos evangelhos sinópticos (Mt, Mc e Lc). Aqui em João Ele é mais que isto – Jesus representa o Israel verdadeiro. Isto significa que Jesus é a festa em pessoa! Ele é a celebração festiva correta. Ele é páscoa viva! “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”, bradou João Batista.

Através dEle o significado dos festivais tradicionais volta com significado novo e final: Ele é oferecido de novo aos judeus, e também aos gentios.

Temos, então, A FESTA DA SALVAÇÃO que é conquista na cruz. Sim, amados, a salvação conquistada na cruz é festa! Inclusive, das 32 vezes que “festa” aparece no NT, 17 vezes somente em João! Vamos, então, celebrar A FESTA DA SALVAÇÃO!

E todo o “enredo” do ministério de Cristo está envolvido em três períodos de “festa”, e isto de modo bem claro no evangelho de João: primeiro período, capítulos 1 e 2; segundo período, capítulos 3 a 6; terceiro período, capítulos 12 em diante. Outras festas são mencionadas nos evangelhos, mas A FESTA DA PÁSCOA ocupa lugar de destaque nesses três períodos, nesses três anos consecutivos.

Era durante a FESTA DA PÁSCOA que pessoas procuravam aqui e ali pelo Messias… E foi durante uma FESTA DA PÁSCOA que nosso Cristo conquistou A FESTA DA SALVAÇÃO NA CRUZ. Nosso SALVADOR morreu exatamente no DIA e na HORA em que Israel matava seus cordeiros da festa da páscoa.

Finda aqui, então, na cruz, o significado dos festivais judaicos; e, agora, a Igreja de Cristo tem outras festas para comemorar: reuniões especiais no PRIMEIRO DIA DA SEMANA – o domingo; depois, a páscoa dos judeus se transforma em páscoa dos cristãos, com significados específicos, especialmente conforme celebramos na CEIA DO SENHOR; mais tarde, ainda, a grande festa de toda a cristandade: o Natal de Jesus!

Mas a festa não acabou. A festa da salvação vale a eternidade conforme descrito em Ap 21.1-4.